terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O horizonte te escondeu

"todo porto é solidão"
"todo cais é saudade de pedra!"
para sempre é sempre não
amor é despedida, saudade descoberta...!

Já estou de novo no filtro
E estou junto ao chão como lastro
Não me reconheço por dentro

Não penso, não me concentro
Me esqueço enquanto te perco pro espaço

No mar parte como barco
No céu como um astro
Que se despede dessa noite
para ser noite, em outros horizontes...

O horizonte te escondeu
Eu jurava que era meu...

"todo porto é solidão"
"todo cais é saudade de pedra!"

Amor é despedida...
Saudade descoberta...!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012













Tinha muitos amigos, era muito querido.
Sempre há palavras para o quanto era bom.
Sempre há bom tom para seu nome quando dito.

Era muito corajoso, justo e certo.
Muito para ditadura, muito para o preconceito.
Nunca decepcionou quem o conheceu, (e pode lembrar),
nem quem não o viu, (que apenas ouve e imagina).

O estudante, alto, magro, corajoso, esperto,
irmão da minha mãe, tio Laércio.
é isso ser herói.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Uma música para uma banda amiga

Se já é noite, e suas estrelas
são antenas e sinalizadores de avião

Pegue uma bebida e procure uma amiga
Porque aqui tem gente bonita, não querendo dizer não

Se o dia é caos e selva de pedra
de noite são só luzes,e existe uma trégua.
Pra quem é esperto, aqui não há solidão.


não há motivos pra se preucupar
é sempre domingo depois do sábado
e os diamantes selvagens aquecem a noite de São Paulo.

você não tem motivos pra se preucupar
é sempre domingo depois do sábado
e os diamantes selvagens aquecem a noite de São Paulo.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Tem muito ainda sobre a gente que esta caneta não escreveu.


Tem muito ainda sobre a gente
que esta caneta não escreveu.

"E frente ao telefone
dou um sorriso deitado
abraço ao meu lado
uma boa lembrança"

Você sempre atende,
sempre está rouco,
é bem educado
porém fala pouco

Tem muito ainda sobre a gente
que esta caneta não escreveu.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Como se nada mais pudesse estar ali
A música ficou longe
A chuva distante

Como se soubesse aonde é o céu.
Ora branco e azul,
agora castanhos olhos

Como se não houvesse tempo.
Me senti bem
Desejei que não acabasse

Como se ainda pudesse me dar mais
de sua voz grave,
das suas ásperas mãos.

Como se estivesse se escondendo,
querendo ser encontrado,
também por si mesmo.

Como se ora não se importasse, ora não consentisse,
está em outro lugar,
quando te quero aqui.

Mas ri, ainda ri comigo
Mas me dá, o que vim buscar...

Diz que sim, menos do que diz não
Parece não fazer questão...

Embora goste, sei que gosta!
Mas não se esforça, pra que eu goste também..

Sexo sem amor já foi melhor
Os poemas sem amor também.


sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

lembrando pessoa

Em solene solidão
Sorri solidaria
com vontade de soluçar

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Experimento maior

Em solene solidão,
esta única estrela
no céu, se solidariza
com minha tristeza.

Crescentes, noite e medo
me conduzem questionar
em redondilha e soneto
a cadencia estrelar

e daqueles meus desejos
que antes longe, logo aqui
encaram-me sem aviso.

Que pertenciam ao ontem,
apresentam-se diretos,
agora, agora e vivos




Agora eu sinto
Amanhã escrevo