domingo, 25 de dezembro de 2011

Feliz Fim de Ano

Foi entre cedo e longe,
sem caber entre os dedos,
mais ágil que as mãos,
Foi o tempo ao vento
como se também fosse ar.

Correu para onde o agir não alcança.
Vejo o ano e o que passamos
correndo pra se juntar ao céu,
à lembrança e ao que segue.
Assisto em um poema sem rimas:

mais longos os cabelos,
mais profundos os poros da pele.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Poema para Julio de longe

Talvez pudesse escrever com mais precisão
se ainda ouvisse seu coração
dormindo com uma calma que não é do tempo
sonhando em algum lugar perto do medo

Se houvesse ainda algo seu por aqui,
escreveria mais do que ausência.
Você é uma memoria rasa
mas rasga meu peito pensar em não te-la.

O Julio canta, ora pouco, ora bom tanto.
Canta ora rouco, ora certeza.
Inventa em velhas músicas novas letras
E me sorri, com a boca que beija, que soa e que deseja.

Tenho vontade de tocar onde houver sua pele,
de cantar algo pra você só ouvir.
Gostaria de te levar para cama, para calma, para paz
de poder te levar para o bem que seu olhar me faz.

Olha pra mim não como quem sabe o que quer
mas como quem quer.
E não parece pensar sobre estar presente
mas me preenche.


Pensa simples como criança.
Sei que não mede, sei que não mente,
Mas ainda não aprendi, a saber o que sente.
Não aprendi a segurar seus olhos nos meus.


Pede cuidado como quem não sabe querer,
encara o tudo que a vida tem a oferecer
reduzido a insensato prazer.
Julio apegado ao sexo e a droga que o caminho puder trazer

hedonista, aéreo...
impossível saber o quanto está comigo.
precipitado e pouco austero...
faz me duvidar se devo lhe entregar isto

Escrevo versos sobre o Julio de poucos dias
De longe, o Julio que é outra vida,
Que gosta das minhas mãos, que gosta das minhas pernas
Que gosta sem pensar se gosta, sem jeito para frases ternas.

Não gosta de me encarar de frente.
Não gosta de beijo de manhã.
Do Julio conhecido das férias
Do Julio de sem amanhã

Julio de descompasso na vereda do Abraço
De mentiras bobas fugindo do sim
Que como menino se assusta ou se apega
Escrevo sobre o que do Julio, ficou pra mim.


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Noite pontual, em céu pontilhado.
"A noite dissolve os homens".
Eu esqueço de mim ao seu lado,

Em seus dedos os meus,
que são de medo e vontade.

Procuro em seus olhos oportunidade,
Procuro numa noite clara, como só são paulo.

Você me afasta o juízo.
Me leva pra passear no caminho pontilhado da sua pele,
no iluminado do seu sorriso?
Vem comigo pela linha do trem
vem, se ele passar a gente corre
e esse caminho não é de ninguém

Me dá uma estrela
me dá um nome
e me ajuda a andar
sobre os trilhos sem cair

Eu quero seus carinhos
Quero seu sobrenome
e uma vereda perigosa
pra te abraçar e rir

de medo e de amor
e andar, com medo e amor
noite adentro, na linha do trem...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

em outras palavras

Achar um novo jeito
novo lugar para meu nome

Escrever de outra maneira
outra maneira para meu título

Encontrar outra forma
encontrar mais propriedade para meu substantivo próprio


quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Vem me buscar


nos ollhos de perto o longe
entre mágoa e medo
descrevo
o que passou minha alma em atos

meu coração em pedaços, passou pelo não
na inevitável vereda do abraço
aprendi a compreender

vem escuro
direto da noite para mim
toma da minha saudade e silencia esse medo
para amanha cedo eu nao querer dormir

preciso desamarrar da garganta,
preciso soltar da aba da cortina
desprender os cabelos
e unir no procênio
o gosto de toda vitória que tive e que nao tive

preciso levantar a luz
os olhos e a cabeça como quem conduz
um milhão de corações direto para o céu
deixa eu te beijar pela última vez e chorar a lágrima
do dito cujo tchau
vem buscar meu coração
eu sou do momento
Ele está passando...
Eu não volto jamais...



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

mais um

frente ao telefone
dou um sorriso deitado
abraço ao meu lado
uma boa lembrança,

esqueço de desfazer
alegria em meus dentes
e durmo na companhia
das suas palavras recentes


te lembro entre o negro de tudo que não vejo
entre os olhos que se cerram e encerram,
assim como o interruptor e meus dedos encerram
da noite o desejo

tranquilidade, eu te conheço...
do amor o que se espera..?
ficar, finalmente em paz,
eu e você.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sobre a mãe e filha de ontem


São Paulo, 15 novembro, 2011


"Eu queria
captar o impercebido
nos momentos mínimos do espaço
nu e cheio" A.C.C.

Sobre a mãe e filha de ontem


Pela primeira vez, no passar das duas, senti em 17 anos, saudade da minhã mãe
Saudade de ter o braço magro onde ela poderia encontrar os próprios dedos ao me
atravessar a rua pelo punho.

O seu jeito de tratar de barrinhas de cereal e geleia de algas como guloseima
e salgadinhos e bolachas como cadeias carbônicas similares ao plástico, isopor ou pvc.
prazeres inatingíveis a minha meninice

No passar das duas, apesar de cabelos e faces tão diferentes,
eu vi a gente, passando pelas ruas de outro lugar, com sacolas da nickey,
recheadas por roupas de personagens educativos, poucas e caras, e que com o tempo,
se tornariam rotas e menos mágicas, ao passo que eu cresceria, me aproximando das outras duas.

Até chegar em hoje, onde todas as roupas são das três, e que as vezes até as roupas da mãe vestem, em uma mistura de desapego e arrependimento, no empréstimo fraternal de diferentes peças pelos mesmos corpos em diferentes gerações.

Em uma mão a menina em outra a sacola, agora entendo porque minha mãe não me deixava segurar.
Embora eu quisesse me orgulhar de carregar roupas tão bonitas, minhas pernas demasiado finas, trombariam em joelhadas e arrastões a sacola que minha mãe provavelmente já imaginava onde iria reutilizar: carregando as provas das suas alunas.

Minha mãe que já mudou a cor do cabelo, mudou de peso, mudou de companheiro, mudou de emprego e de lugar.

E as filhas mudaram o cabelo, mudaram o peso, mudaram de escola, cresceram, e carregam sacolas, nem tantas quanto a mãe gostaria, nem tanto quando deveriam.

Já não comemos salada antes da comida, nem acreditamos que salgadinho é isopor.
Mas compreendemos a preocupação com a comida, hoje, ao redor da nossa barriga!

Não aprendemos a arrumar a casa, a fazer com calma, a fazer sozinhas, a não gritar de nervoso,
esses não foram os valores da nossa mãe.

Aprendemos a gostar de ler, a gostar de joias, de conversar e a não ter preconceito.
aprendemos a falar a verdade, a se despedir das idades, não olhar com maldade, nem quando doí.

Aprendemos a conversar com ela, só não aprendemos a nos comover, com os seus dramas shakespearianos, carmina burana, novela mexicana, com dor nas costas real.

Penso nos botoes de Madri perola dos casacos pequenos de chochê, penso nas tardes de livraria, de andar de patins do quintal da vó maria, penso em a gente voltando do sacolão, procurando sombra para sardas pintadas de gerações que nos confere certo ar de esperteza.

E conferem a pele aspereza, que ano a ano se misturam aos poros e rugas, as memórias, muitas e únicas, entre as varias marcas minhas e da minha mãe.


LMCGA

terça-feira, 1 de novembro de 2011

trilogia das mesmas rimas

I

Me sinto morte
Antes de morta
Me sinto única
Antes da despedida
Me sinto sem sorte
ante a vida
Me sinto boa noite
antes do meio dia

II

Espero passar a má sorte
para antes de ontem
espero por agora
o que não esperei por toda vida
ou pelo menos não sentia
esperava sim, mas não doía
noite era noite
dia era dia


III

Sozinha contra mim
contra a má sorte
contra ontem, o que fui
não cabe hoje, não veste agora
agora tenho medo de não ser.
dias esperam ser o que não fiz
a noite é um martírio
a madrugada um pensamento

purgatório medo-dia, meio-morte e noite inteira

grande bobagem

não há mais sonhos mesmos
digo, sonhos que todos temos.

Nem mesmo todos desejando um grande bacanal.

Bebo modernismo, e sinto que não devo.
Degusto camoes e vomito
no vago um verso que nada
nada no vomito e se cala
sem nome e sem data

Sem movimento, sem primeira nem segunda geração
sem sem
nem nem

Sem coletivo, sem inconsciente.
prostituídos e vendidos a censura e preconceito.

Eu não quero um coração para bater de qualquer jeito
Eu que sou artista, mereço um movimento.






Vai pensamento
Pode ir
Aproveita a caneta e o papel macio
ai quantos tiros, quantos em pedaços
e todos da minha cabeça,
Reduzidos a caneta
reduzidos e este farrapo, meus relatos.
Eu acho-os eu os calo
E escrevo medo
descrevo amor
sorria, esquece, escondo
NAO LEIA
mostro, eu gosto, desgosto
sou sim poeta, mas não agora, não pra vocês.

SMS ébrio

Perdi a Austeridade...
Bom Apetite!
Estou com Saudade.
Ainda tenho um palpite...
Não sei se é verdade...
Se você questiona meus limites.
Fique a vontade!
(Não tenho hora para poesia)
Engula com essa pizza e essa coca quente
todo o amor que sente.

Meu palpite, se acha que convém
é que você apesar de rir dessa mensagem
tem saudade também

Todo meu amor por você

Você é viciado
Vive em um formato
Maldito rato
Em seus óculos exatos


domingo, 16 de outubro de 2011

Eu te conheço ptVI

Síntese

Facilmente, você tem meus lábios, tem meus dentes,
sabe que não precisava fazer minhas vaidades, mas mente.

Vai me amando entre outras inverdades.
foi assim que você disse, porque eu pedi,
pedi porque você me pediu pra dizer o que queria ouvir,

Vai me beijando entre inverdades, como se eu fosse a última,
como se tivesse muita coisa ainda pra dizer.

Vai me abraçando entre inverdades,
como se fosse o céu, como se fossemos um,

Vai me rolando pela cama, entre inverdades, na nossa lama.
com coragem para acabar com tudo que a gente fez pra ficar longe um do outro.

Me come de mentiras




Eu te conheço ptV

Morfina



Você pergunta inocente,
mas me traz a mente um desejo latente que mora em mim.
Anos, meses, espero pra te reencontrar assim,
seus olhos estasiados, preguiçosos e cansados parados sobre os meus,
em meu rosto rosado, cansado, desarmado,
ostentando meus cabelos bagunçados que divertem seus olhos e ocupam seus pensamentos
que ora viajam com o vento, ora se ocupam sobre meus cabelos, ante meus olhos.

Eu te conheço ptIV

Introdução

Você me pergunta o que eu gostaria de ouvir assim de perto,
mas eu sei que você não poderia dizer o que quero ouvir,
eu sei que você não sabe sentir como eu sei sentir.

Eu te conheço ptIII

Desfecho

Você ficou comigo, eu fiquei com você,
você me ligou hoje pra eu te devolver,
você gosta de mim sim, gosta sim... que pena,
que você não sabe sentir como eu, que pena...

Eu te conheço ptII

O que você me ensinou:

Me ensinou o que era gostar, um jeito diferente de ser feliz.
Me ensinou a dar
Me ensinou a sofrer
Me ensinou que ninguém é de ninguém.
Me ensinou que é sempre desigual,
eu sei, um sempre ama mais, eu sei, eu sei.

domingo, 2 de outubro de 2011

aquilo....

eu disse algo por seus olhos
eu disse até com sua voz
passeio com meu coração sem te consentir
e deixo alguns pedaços pela sua casa
são recados precipitados
pelos seus braços e armários
pelos seus dedos preocupados
mas é mais medo que verdade
como meus beijos equivocados.

G.M.R.

siemsiseatrizemsi

Minha glória não é fingir ser quem não sou
Não é ser tudo que poderia ser
É ser tudo que há em mim
Não se trata de compreender
Não é acolher
é encontrar si em si
se em si
si em se

domingo, 18 de setembro de 2011

sobre o sonho ousado

ante a noite que precede um sonho
em volta do tempo e envolta no medo
sem caber na cama (sem poder dividir esta cama) com lembranças que não cabem em mim
tendo experimentado, todas as maneiras que se pode deitar
tendo experimentado todas as maneiras de engolir e sufocar

cicatrizo o sentimento amargo
assim como abraço o desconforto de qualquer posição
sentindo verdades tão longas quanto uma madrugada
que precede um sonho deve ser.
digo coisas pra mim, rezo por um sim
de um Deus que desconheço
e deito, como um animal vai para o abate
provo da expectativa de todos os ousados
e do medo do jeito da vida da vida de provar que estou errado

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

doi vida,


teu jeito de ensinar os erros


sexta-feira, 26 de agosto de 2011

tinha meus dentes e labios, facilmente,

domingo, 21 de agosto de 2011

Parabéns para mim

amigo, obrigada pela musica que me veste bem este aniversário
obrigada pelos parabéns e por me lembrar quem eu sou

com um pé na duvida e outro na oportunidade
o pensamento caminha sem tempo e sem direção
e se houvesse seria eternidade
para um pensamento sobre claridão
sobre onde, sobre nós, nossas cabeças.


Sobre nossas cabeças:
nuvens estrelas e noite
satélites naturais, anti- naturais,
anti medo e anti receio

alto longe, vai, e meu passo resiste com um pé atras.




Eu te conheço ptI


Eu também tenho medo de me sentir assim,
e você ainda repetiu até eu dizer,
já que pra você, meus olhos não dizem muita coisa,
já que você (me conhece) sabe que não tenho amanhã,

Que sou de mim, você quem me fez assim,
me amo mais, te amo menos.
Te amo menos porque mente, não acredito mais em você.
Te amo mais porque te conheço, confesso que consegue me confundir.

mixordiamadrugada16/17outubro2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011


Não gostaria, mas acredito
em sinais inscritos
nos objetos que se quebram
e nas portas que se fecham

Deixo tomar em mim
vontades que não posso
exceto ver de longe,
exceto abanar um tchau

Estou com um pé na oportunidade
e pelo resto do corpo saudade
acontece que não quero ir
quando já não estou mais aqui

ansiedade nas mãos
e toda angustia engolida
porque minha voz aflita
guarda grito que não cabe no tempo

domingo, 14 de agosto de 2011

agosto

Agosto das manhas claras
de lembrar...

Como a gente passa e
se deixa levar

se deixa ficar, por cá
por lá, por qualquer novidade

e depois sente saudade
quer se ver de volta

Me deixa deixar uma marca em você
não quero ir embora assim

se me liga amanhã, não reclamo, faz bem
, mas será que me liga ainda agosto do ano que vem?

este mês é sempre assim, gosto de te encontrar de volta
sempre meio do começo e do fim, sempre planos, sempre estamos..

a gostos...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

1/4 Azul

Decidi parafrasear o poema de desgosto
Amanhã é de novo agosto

Não é nada prosopopeia, nada contra o azul
sobreposto sobre meus versos

Mesmo porque você já os tinha deposto
e em seu posto algum tipo suposto de solidão
assistida com pena, cenas pra quem já cansou de ver de novo

Se afogue agora neste proposto indigesto azul,
tão fundo quanto está o poema em que insisto
tão longe que não mais avisto, tão longe pra se lembrar

Eis a Paráfrase:

quarto azul


já era sem certeza que eu entrava pela porta da direita
a frente, você interviu
já não era o mesmo

o casaco estava roto, com o sorriso desbotado
derrotado, ao lado de um troféu sem glória
e dos livros que nunca leu

tão gastos como sua pele
com poros de idade

eu te perdi a tempo, você se perdeu para o tempo
"eu não estou na pior", não é o que parece...

sufocado em bagunça, gasto, e preguiça..
e alguma poesia tentando respirar..

posso lembrar de como era o verso se fecho os olhos
mas ouço sua respiração
ou sinto algum tipo de metabolismo seu que me traz uma ânsia biológica
sua presença, asco, náusea...

acabou com este lugar...

"faz do nosso amor e desse quarto branco minha boa lembrança"
faz deste lugar a prova real de que passa...

o amor passa um pouco depois que as manhas
e eu choro depois durmo e não doí mais

passa o rosto passa a sombra
completos um do outro
sem precisar de ninguém mais..

aquilo que eu te dei, você já não tem mais
posso ter me perdido, mas está tudo aqui,
das pontas dos meus dedos para onde eu puder alcançar
do meu coração, que hoje é mais forte do que medo, para onde eu puder sentir

Como é bom estar de volta
Como é bom saber de mim!




domingo, 24 de julho de 2011

Narrativa sobre uma negativa irrelevante

Inexorável, fatídico e determinado, também risonho de sua forma acanhada...
Imparcial em seus lábios a resposta absorta, (o mesmo tanto que minhas intensões), paradoxalmente fez adimensionais meus olhos, sobressaltarem... Susto, surpresa...
Apesar da pouca austeridade da minha questão ardeu o tapa, doeu o não.
Inacessível a razão e a continuação dos fatos meu rosto se fez bravo. O que não importava tornou-se fastidioso.
Inessencial, desimportante, eu até poderia continuar aquela conversa... Porém mantenho cuidado com o tempo, fui embora.
Estou ainda pensando nisto agora, mas ficam para estas letras apenas.. fica só pra esta narrativa meu constrangimento, minha fuga compelida, minha saída francesa, de um assunto de mesa, desvirtuoso sem glória, sem mérito e desostentado, todo negativas!...


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Inexorável, fatídico e determinado,
também risonho, de sua forma acanhada...

Imparcial em seus lábios
a resposta, absorta, o mesmo tanto
que minhas intensões, paradoxalmente fizeram
adimensionais meus olhos, sobressaltarem...
susto, surpresa...
apesar da pouca austeridade
da minha questão ardeu o tapa, doeu o não.

Inacessível a razão e a continuação dos fatos
meu rosto se fez bravo.
o que não importava tornou-se fastidioso.

Inessencial, desimportante, eu até poderia continuar aquela conversa...
porém mantenho cuidado com o tempo, meu tempo.
posso estar pensando nisto agora, mas ficam para estas letras apenas..
fica só pra esta narrativa meu constrangimento, minha fuga compelida
minha saída francesa, de um assunto de mesa,
desvirtuoso sem glória, sem mérito e desostentado, todo negativas!...


sexta-feira, 8 de julho de 2011

o sim

Sei que há sim
em algum lugar de você
do mesmo jeito que há em mim

assim, sei que breve
porque é latente
o que não se deve ser ... logo será

sim

há o que não deve-se?
deve ser sim...
Ah! o sim!
Ah! o que não deve ser!

e a gente
se vende por quem fizer mais da gente

a gente...
... se conhece bem,


Eu me vendo por um verso,
você se vende pra conquistar alguém,

não é tão ruim porque eu gosto
.. eu escrevo este poema inclusive, somente por que gosto,
de te fazer se sentir bem!




sexta-feira, 24 de junho de 2011

hasta

Como foi que chamei te meu?
Como pude pensar em depois?

De certo é sempre incerto
logo errado é correto.

O que tem pra nós dois
é verso sem rima
despedidas amigas
algum arranhão na pele
para sua fronha
alguns cabelos meus.
para mim receio

Eu que escrevo confesso
vergonha, mas foi uma escolha
e como toda, tem preço

Não reclamo, mas tenho medo.
agora vejo, que não sinto saudade
e que só não te esqueço, porque sequer te penso.


quarta-feira, 15 de junho de 2011

coração

Eu também tenho medo.
Mas posso te jurar, com todo meu coração.
Será melhor, A gente vai suspirar tranquilo
E cantar, "ninguém tem nada de bom sem sofrer!"

A gente vai subir no palco fazer das tripas o coração
nós somos o coração
não tem nada mais latente do que a gente

É tudo verdade, não tem nada de mentira!
é tudo rivalidade, nós unimos para nos vencer
e nos apropriamos das vitórias dos outros

e é pouca a glória, é pouca mas é toda nossa!
atores, artistas é claro, que dão vida a uma história
com todo coração! entregue, sem vacilo.

alguém levou o nosso e queremos o de vocês
temos a música, temos o texto, temos a direção.
não pense que não, não pense que não!
Se é minha sua atenção, é meu seu coração!

o que tem que ser

o que não pode ser
tem muito mais força do que o que tem que ser

medo: a gente tem
porque não cabe.

sobre querer, já imagina o que vou dizer?
é fogo, não se pode escolher sobre querer...

e sobre conseguir, não se resume a tentar,
por mais que tentar seja de todo coração.

o que tem que ser tem muita força

mas o que não pode tem ainda mais

se destino fosse bom era a gente que escolhia
se destino fosse bom não estava já escrito.

se destino fosse bom não seria um lugar a chegar,
seria um caminho.


Way back

Chuva, seis horas
Metrô e são paulo, em meu olfato,
gás carbônico e cachorro molhado...

Chuva, são paulo..
Eu estou pensando nos seus olhos, inconstantes...
Eu estou desejando minha casa,
Assim como desejo você...

Desejo me encontrar um pouco.
Minha casa são seus olhos,
deitei neles, o que tinha de mais sincero.
te como, te falo, te durmo, me faço...


Vontade de estar em casa com quem fazemos-nos contentes
Onde deixamos nosso coração enquanto nós não podemos ser
Onde nos encontramos para dormir, amar e comer.
Onde a nossa alma cabe deitada, onde a nossa calma é limitada.


terça-feira, 7 de junho de 2011

Outro poema

Novo bloco

Novo encontro

A mesma letra

Outro conto

Os personagens são os mesmos

Mas o enredo agora é outro

Eu canto, eu conto,

Mas não é pra fazer conhecida minha vida

É pra fazer-se viva

O que é momento não volta jamais

O que é tempo,

De vento se faz

E o que temos,

que se sente mas não pode-se tocar,

é mais nosso que esta caneta na minhã mão.

"Somos do que são feitos os sonhos"

Não é real nem eterno, é só concreto

estas letras, os versos, os papéis , estes cadernos...

Poesia

Te quero como se quer a uma amiga
Dos meus dias que correm como o correr das tardes
as quedas da manhã e ascensões da noite
Faz minha vida escrita como tudo que leva teu nome
emocionante, bonita!
Faça-se nos meus amores, nos meus desamores e nos meus enganos de todo
Mostre-se toda minha dor
da forma mais bonita
amo a ti como a mim
Pois sei que jamais amei mais que você
não tive um amor que em seu nome não pudesse escrever.

Poesia não queira ser poema
é como a pena que quer ser amor

é como oerro que quer perder a graça dos corajosos!

vem, vem, vem sim, pra me guiar neste convivio de bengalas,
não deixa-me equilibrista,
nasci sentimental, nasci de luto

"As dúvidas, a esperança, a dança, o sufoco, o louco!"

sábado, 4 de junho de 2011

E da proxima vez
você encontrará,
mais de mim em você
e mais de você em mim,
é sim que nós se faz..
é assim que ama-se

segunda-feira, 30 de maio de 2011

:)

Se não posso perguntar porque cedo ainda tarda
Continuo a sofrer, imaginado o que me aguarda!
Para evitar conflitos maiores com o coração

fica pra lá
deixo pra lá..

ah..

"Existiria Verdade"

não mais senti aquilo que vivia
entre os nossos lábios, entre os teus lençóis
entre dormir e acordar
em noites sem lua e manhãs sem sóis.
entre os vários beijos ébrios

Sinto saudade desta nossa história
sem glória..

Não tem mais espaço pra nós neste enredo,
confesso o medo...

confesso que não consegui nem pensar.. só a idéia já doía.

Eu não quis escutar, eu não quis ver, .. sentir eu não sei se queria
não pude, nem por um momento para me surprender..
nenhum.. não vou encontar.. nunca....
aaah " Se todos fossem no mundo iguais a você"


segunda-feira, 23 de maio de 2011

"A gente pega, a gente entrega A gente quer morrer..."

É melhor assim,
não sei dizer se você gostou de tudo que eu disse aquela vez
talvez porque eu tenho falado demais...

eu já conheço este olhar de despedida de sábado a noite.
eu sei que é sincero aquele a gente se vê...
a gente se fala...
por mais que a semana passe mais devagar até a ligação chegar

pra próxima

a gente se gosta..
e não queria ir embora..
sinto seu cheiro, ainda no meu cabelo...
você talvez encontre um cabelo meu, na sua fronha...

Eu sei que logo seus lábios não estarão tão vermelhos, minhas mordidas vão sumir do teu pescoço, das tuas costas... Por isso o recado de batom no banheiro...

...

Não "o mundo não é chato"

Eu percebi que você não está acostumado a se divertir como eu
Nem a sorrir como sorrimos...

deixa-se viver!


M.J.

"Ninguém tem nada de bom sem sofrer"

Eu lembro daquele dia
Em que você disse que eu era bonita!

Suas mãos em meus cabelos
Firmes com todo coração

Eu sei que sim!
Tanto quanto eu
Você se sentia bem ali!

Por que não se deixa? Porque não se entrega? Logo você?
Que já deveria saber
Que " ninguém tem nada de bom sem sofrer?"

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Popuri

Também queria um livro do Chico Buarque para ler, mas estava limitado a ler o nome das estações em branco no vermelho, e reler apenas o título do companheiro de viagem: Calabar, Marechal, Calabar, Republica, Calabar, Anhangabau... Até dormir e acordar na estação Tatuapé

O caminho do metrô até casa dela era bem conhecido, fui andando sem nem lembrar de ter medo das praças escuras, pensando no nome das ruas sem nem saber para quem dirá recordar quem foram os homenageados com ruas tão emergentes do bairro do tatuapé.

Acordou sabendo que podia não encontrar sua garota, entre medo, tristeza, dor nas costas e medo de morrer da doença que o fazia vomitar sangue estava a vontade de ir atras dela.

Eu só estava passando, e de verdade, não tinha hora certa pra chegar em lugar errado, nem hora errada pra chegar em lugar certo, nem vice-versa intermitente. A casa dela, a casa dela... Tenho que assumir um destino?

Encarava o endereço como uma desculpa pra si mesmo, por andar em vão, por sua vez isso poderia se justificar pois estava bêbado, mas só tinha bebido porque estava com saudade. Andava em vão, bêbado e com saudade porque não tinha conseguido fazer sexo com a outra loira, aquela, que preferiu voltar de taxi...

A hora chega, e o destino também, encarei a campainha, que soou como sinos que anunciam funeral, podia ver a sombra do seu corpo se movendo atras da cortina.

Imaginação, a sala da casa agora estava vazia, também estava sem paz, agora vazia também de cia ele e a sala pareciam não mais ser, apenas estar.

Sinto vir a tosse, me sinto vazio, agora também de hemacias e globulos brancos

Não pretendia, mas se você faz questão.
Eu confesso aquela ligação na madrugada, depois de tanto tempo

Não eu não esqueci, confesso toda saudade que escondi
que menti, confesso todas as histórias que inventei
pra gostar menos de você.

...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

De noite todos os gatos são pretos

Durante aquela estranha viagem não consenti que poderia estar morta naquele mesmo instante se não fosse minha esperteza instintiva ou uma sorte articulada.
Voltei para casa assistida por um cara que julguei bonito, porém ele pareceu não ligar para o meu par de pernas que a pouco chamara atenção de outros dois rapazes do metro além do suposto estuprador
O Bonito, não ligou ao menos para minha bêbada tentativa de convida-lo a um dialogo, parecia aéreo, será que sabia que poderia me levar onde quisesse, que depois do que tinha acontecido eu abraçaria até um mendigo?
Eu faria um esforço para gostar dele, assim como fiz para ignorar o fato de sua pele ser muito branca enquanto os olhos muito negros.
Mas acho que vai ficar só pelo flerte não correspondido, nosso encontro embriagado fim de festa será apenas coincidência e não destino...
Estou viva, obriga, O figurão estranho, que chamo no aumentativo pelas mãos, unica parte do corpo que eu vi perdida no negro do interior do carro e do insulfime, velho apsereza, que nojo, me confundira com uma prostituta!
Corri de medo, talvez mais do sexo do que da morte, mais do julgamento PROSTITUTA do que do acontecimento.
5 am naquela rua estranha da vila prudente deixei o medo passar pelo meu corpo todo.
5min, por 5 min não pude sentir nada se nao medo, nem pensar em nada se não, "estou a salvo" daquelas mãos podres, pobres, nojentas e negras cujo portador se eu pensar ao me ver correr noite a dentro foi bom.. e me deixou ir, acariciando muito provavelmente o dinheiro que economizou e se questionando agora se eu era o que pensou.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Dissertando a Fatalidade ou o Destino

Te deixo ir, passar
como vento vai.

agora mesmo entre meus cabelos, minhas blusas de frio e as páginas deste caderno.

já não importa
não importa sequer o que fica no seu lugar

O quanto a vida saber ser par
sabe ser ímpar

Todo amor que se tem para dar.
Tem-se pra tirar

Tudo que é verdade pode sim ser verdade
mas foi mentira.

E pra quem diz que o mundo gira
quando a sorte me deu as costas
ele estava ainda a girar

Se a sorte vira como desvira
Que venha qualquer coisa nesta vida

O destino é azar.
É uma loteria
que nos seduz a esperança

O amor é a música
onde dança a dúvida
onde toca a vontade
onde pulsa o medo
e soa a vida

é por essa canção...

não tem saída, ouvidos não são como olhos,
não se pode fechar

Todos vão ouvir
e vão cantar

e ora silenciar, pra sentir ou deixar
saudade.

Te deixo ir, e sei que não preciso dizer
para não se preocupar.




quinta-feira, 21 de abril de 2011

16 anos! é agora!

( em resposta ao orgulho 17!)

16 anos! é agora!

Quantos amores você pode encontrar
Sujeitando se a uma noite em São Paulo

E quantas lembranças pra se envergonhar
E quantos hematomas pra colecionar

E rir

Afinal é sempre domingo depois dos sabados

Eu, meus amigos e meus 16 anos! é agora!
em qualquer residencia que virou bar.

Sobradinhos dos arredores da Augusta e da Paulista,
com música antiga e atendentes esquisitas

Gente que gosta de sofrer e de alguém pra conversar

Quantos encontros pra chamar de destino.
Quantas coincidencias para se sujeitar!

Sua banda favorita é beatles?
Nem acredito!

YEAH YEAH YEAH

Com 16 anos Qualquer dois copos de vodka é o grau
Qualquer barba de até 30 anos tá com tudo em cima

Amor se mede em quilometros por hora
Dentro do carro, engolindo o medo,
sentimentos contra o vento
A caminho de onde? Qualquer lugar é lugar!

Juvenil sim! Meus 16 anos! Também tenho que ler
Também tenho que estudar! Pra depois ter o que falar!
Conseguir conversar! Que mocinha esperta!

Logo mais vestibular!

16 anos! é agora!
Nos meus cabelos, mais de uma cor, e o coração
já partido, figado e pulmão? nem te ligo!

Quantos amores posso perder.
Quantas rugas posso ganhar!
Quantas pessoas vou conhecer!
Quantas vão me enganar!

16 anos! é agora!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Como eu quero

A aula de matemática acabou na palavra adimencional
A voz que continuou foi tenue sob meus pensamentos...

Quem se não nós?

Melhor de novo! Ah a segunda vez!
Quem não sabe, que é melhor beijo que saudade?

Aproveita o destino
chama de metafísico, ou se quiser de coincidência.

Pense sobre as nossas afinidades
ou naqueles beijos em meio a cidade

em meio a madrugada. em nada.
nossa simpatia inesperada, baseada na atração física e nas projeções pessoais

pode ser o que quiser
mas se for como eu quero...
Gosto da minha letra feia.
Gosto até mesmo quando ela escreve minhas feridas abertas.

Quando escreve alegres e incertas linhas,
as dúvidas que me torturam.
Ou apenas o dia dia.

Não queria outra, esta faz jus a minha pressa.

Minha letra depressa, escreve minha vida.

minhas vertentes paralelas e perpendiculares.. linhas

... que Deus o que!

Vocativo do desespero racional moderno:

Doutor

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Não quero perder o Torpe


Nem definir o Austero.

Me sinto jovem,
Me sinto torpe,
E tudo que eu vejo,
No dia em que eu for Austero.
Será nostalgia.

Torpe ou Austero?

P o e s i a !
Tenho medo da minha coleção de lembranças
Tenho medo das minhas vontades
Tenho medo da falta de vontade.

Sem um pedaço

Sem violão.
Tenho apenas o estribilho
Que fiz para um romance efemero e ímpar

O estribilho:
Que não espera cantar-se a capella
Que espera apaixonar-se nas entre linhas
Pautadas ou não, Melódicas ou não, Harmônicas ou não.
E o resto da música pode falar sobre saudade ou perdão.
Qualquer coisa que soe como inicio para meu meio
e em seguida conclusão

Aquele meu estribilho,
Que é toda nossa poesia
Sem rima rica e sem prosódia
Consonante ao nosso quase amor
De tortas vias, que acabou antes mesmo que eu pudesse
terminar a canção.

Que até agora é só refrão.

De pé quebrado
verso branco

De só melodia
sem arranjo

Aflita porém, suave porém, canção para alguém.
Que não sei se amei de tão pouco que deixei.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Antes que antes

Estamos Anos, kilometros, letras, instantes e fios de cobre distantes

Fios de cobre que cobrem o céu antes dos meus olhos poderem ver a lua, as estrelas..., um lugar pra eu e você. Fios de cobre suspensos sobre o trajeto, no mesmo ar onde estão suspensos estão as tantas palavras e pensamentos que não dou conta de escrever

acompanham -me nesta viagem, de são paulo até santos dos lugares que eu não fui até os sonhos que não vivi do amor que não deu até a dor que eu senti, de quando me conheceu até o dia que eu percebi, que de perto não se conhece ninguém... E ainda mais agora que estamos, anos, kilometros, letras, instantes, fios de cobre distantes

Carta em agradecimento à um destinatário distraído

Durante aquela estranha lição

Poderia ter suspeitado apenas pela maneira que você costuma debochar de Camoes.
Ou por nunca ter te visto chorar. ( acredito que ninguém nunca viu)

Você que não me evita os olhos...
O quanto isso está ao meu favor?

Durante aquela estranha lição
Que falava sobre o mundo desconcertado
O desconcerto ficou de lado
Em um concerto maravilha
de gaze e sutura e perdão
no meu peito e em minhas mãos
tanto que agora consigo escrever!

sem dor!

sábado, 2 de abril de 2011

Carta para uma amiga em comum

São Paulo, 3 de Abril de 2010

Amiga

Eu já estive na mesma cama que você esta.
e também pensei que não fosse mais levantar,
mas isso acontece com todos os que amam.
porque sempre existirá alguém que não sabe amar.

Se você abrir esta porta talvez as coisas melhorem,
você sabe como é bonita, e todos que te veem o sabem também.
Mas eu sei como é difícil com tantas lágrimas nos olhos, conseguir enxergar além.

Não pense que faria diferente, não pense que foi à toa.
Por mais que tenha sido, você não quer que isso doa
Não adianta você nunca vai esquecer o amor de uma pessoa,
Se não pode mais sofrer, pense no que te magoou e perdoa.

Se ressoam as lembranças é porque foram boas.
E é por isso que elas nos fazem sofrer.
Não pense mais no que poderia ter feito.
Não pense que há algo que deveria fazer.

Como se ele estive diretamente ligado, a suas palavras e objetos
Que antes inanimados, agora doem como inferno
Parece juvenil mas os jogue fora, de nada servem, só pra te fazer chorar
Mas tenha consciência de que não pode fugir, não discuta com o tempo,
Ele não vai mudar

Amiga

não pense que foi enganada, pense que é real fazer o que se sente
Não pense que tem alguém melhor que você, porque de verdade sempre terá
Não pense que nunca vai encontrar alguém pra te amar, você pode não encontrar mesmo.

Eu não tenho propriedade, também não tenho coragem de dizer - te que assim será melhor
Eu não tenho vontade de mentir pra te fazer sorrir
Queria mesmo que as coisas não corressem assim.

Tenho certeza que isso será melhor pra você
Logo você percebera que deu moral a um babaca
Mas você pode procurar uma pessoa feliz, eu só posso te dar amizade
Queria mesmo que as coisas não corressem assim.
só tenho conselhos de quem sofreu por amor e por fim.

sábado, 26 de março de 2011

Como eu quero

A aula de matemática acabou na palavra adimencional
A voz que continuou foi tenue sob meus pensamentos...

Quem se não nós?

Melhor de novo! Ah a segunda vez!
Quem não sabe, que é melhor beijo que saudade?

Aproveita o destino
chama de metafísico, ou se quiser de coincidência.

Pense sobre as nossas afinidades
ou naqueles beijos em meio a cidade

em meio a madrugada. em nada.
nossa simpatia inesperada, baseada...

pode ser o que quiser
mas se for como eu quero...


quinta-feira, 24 de março de 2011

...

Novamente venho secar minhas lágrimas neste papel.
Por mais que venham todos os dias,
Me surpreendem pelos momentos em que te esqueço.

Como tenho saudade da nossa vida!

Estranho saber que não vou te ver.
Nem por acaso, nem por descaso.
Não sei se mais ou tanto quanto seria se o pudesse.

quinta-feira, 17 de março de 2011

"menos perdão que despedida"


Para hora,
Quase não sobrou rima,
Realizo agora,
Um desejo de muitos dias:
Escrever sobre o azul destas linhas,
Preenchendo o vazio
com carbono e poesia.

Mesmo que breve,
Faço questão de escrever,
uma promessa, que tardia,
Já se fazia necessidade

Não deixarei-me levar pela saudade,
Sendo esta a última que escrevo
E ainda assim contra vontade.
A última estrófe que dedico a você,
que já não me inspira a criatividade.

Tanto tempo que quero escrever algo pra frente,
Como as músicas que costumam cantar,
Violões amigos e dias quentes.

Sobre verão, águas de março e noites do Brasil...
Sobre meninas virando moças...
Música sobre música e poesia...

Como elas bem compoem a nossa vida!

Em compassos simples de música popular e timbre brasileiro,
adjetivo suficiente para nossa voz e mensagem

De arte e coração
De gente que ama e nasceu para brilhar.
De gente que brilha amando o que faz!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

meus amigos me dizem para escrever sobre o azul


agora escrevo sobre uma suposta página.
não menos real porque virtual
mas evidentemente, não é como escrever sobre o azul

meus amigos me dizem para escrever sobre o azul

ah uma folha de papel, de linhas intermitentes!

ou aquilo era alegria?

se eu sentisse em um lápis pulsarem versos métricos como já um dia senti...

ou aquilo era o amor?


Narrativa sobre uma negativa não relevante

Inexorável, fatídico e determinado,
também risonho, de sua forma acanhada...

Imparcial em seus lábios
a resposta, absorta, o mesmo tanto
que minhas intensões, paradoxalmente fizeram
adimensionais meus olhos, sobressaltarem...
susto, surpresa...
apesar da pouca austeridade
da minha questão ardeu o tapa, doeu o não.

Inacessível a razão e a continuação dos fatos
meu rosto se fez bravo.
o que não importava tornou-se fastidioso.

Inessencial, desimportante, eu até poderia continuar aquela conversa...
porém mantenho cuidado com o tempo, meu tempo.
posso estar pensando nisto agora, mas ficam para estas letras apenas..
fica só pra esta narrativa meu constrangimento, minha fuga compelida
minha saída francesa, de um assunto de mesa,
desvirtuoso sem glória, sem mérito e desostentado, todo negativas!...


















sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Semideia

O que passa, se passa, sozinho,
e eu passiva permaneço triste
temendo que o tempo passe,
temendo que o tempo fique

O afeto deixou demasiada presença,
antes alegre agora angustia, por razão análoga

Tanta palavra bem soaria
nada, nunca, nomes e pronomes
que muito combinariam com poesia
e eu insisto no que é idéia, no que poderia

Assumo como semideia
Assim também como assumo Camões.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

(Ênfase)

Agora restão os dias depois dos amores de muitos copos,
E pensar em como todos eles (amores e copos),
Começam a fluir melhor depois dos primeiros,
E como particularmente
os homens conseguem se mostrar piores que você.
Muito infelizmente.


Copos depois de amores
Amores depois de copos
Copos depois de copos
Amores depois de amores....

Carta para você destinatario..

Quinze de Janeiro de dois mil e Onze

Querido, (te imagino dividido, um tanto hesitando e um tanto êxito!) Seria querido vocativo para você?
Por que se pergunta se já assumiu vaidoso que é? .. Realmente não sei o quanto você se importa, só não me diga que esta lendo esta carta somente porque se importa!

.

Sinto saudade de um tempo que eu ainda tinha saudade, mas tinha a certeza de te encontrar.
As lembranças físicas doem muito mais sozinhas, doem muito mais que pensar, todo carinho se trouxe num tapa, que até agora arde na minha face, rubra, só de sentir.
Nessas lembranças tão aqui quanto eu mesma, quanto toda a certeza, contestada pelos meus cinco sentidos e pela minha dor.
Exclusivamente humana do sexo feminino.

.

Agora restão os dias depois dos amores de muitos copos, e pensar em como todos eles (amores e copos) começam a fluir melhor depois dos primeiros, e como particularmente os homens conseguem se mostrar piores que você, muito infelizmente.
Mesmo tendo admitido isso fico feliz por não restar vontade nenhuma sequer de te dizer qualquer algo mais romântico nesta carta, que aqui termina. Ah!, pode ir a merda também.


15-01-2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Amanheceu um sorriso que me abriu o dia

Amanheceu um sorriso "que me abriu o dia"
Vivi com amigos, encontrar a vida
Comemoramos com bebidas e brindamos Alegria
Como é bom viver feliz, como é bom ser bem.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

"é melhor partir lembrando.. que ver tudo piorar..."

"O caminho do metrô a casa dela era bem conhecido, fui andando sem nem lembrar de ter medo das praças escuras, pensando no nome das ruas sem nem saber para quem dirá recordar quem foram os homenageados com ruas tão emergentes do bairro do tatuapé."

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

farinha no céu

eu não sei ver
eu não sei aceitar
as coisa não são
simplesmente porque não estão
como deveriam estar

eu não sei dizer
se ainda consigo acreditar
que você um dia viu
nosso amor em um céu de estrelas
impossíveis de contar

eu não sei fazer valer
conselhos que insistem em me dar
nunca penso em te esquecer
tens em mim o seu lugar
insisto incrédula em duvidar

impotente, indigna , incerta...
um coração sem dono e sem valor
insípida, ímpar e indiscreta
de amor, só tenho a rima.
apenas comigo minhas palavras
estas por toda minha vida


sábado, 22 de janeiro de 2011

Olá verme II : relatos sobre a tristeza residente (em mim)

Acho que comeco a gostar desta sobriedade.

quero mudar de canal
quero mudar de ouvinte

Olá verme, olá amargo,
olá enorme, olá salgado,
olá triste, olá ansiedade,
olá angustia, olá saudade,
olá falência, olá preguica,
olá nostalgia, olá magoa,
olá antipatia, olá desespero,
olá culpa, olá solidao, olá ódio,
olá sangue, olá tédio, olá nojo,
olá denovo, olá remorso, olá (à) contragosto!,
olá fúria, olá fossa, olá desgosto,
olá desilusao, olá desprazer,
olá exagerado, olá abatimento,
olá descontentamento, olá descontente, olá camoes, e (Fernado) pessoa (denovo)...


Como eu sou por dentro?

domingo, 9 de janeiro de 2011

Um Samba Teu

Queria ser música na sua lembrança
Mas cê diz que não gosta de Samba
Mas cê diz que não ouve Samba
Mas cê diz que não gosta de ...

Você diz que samba não tem a menor graça
Que prefere música de Banda
Que não vai a nenhum carnaval
Que só escuta rock internacional

Você que se envolve mas não diz que ama
Do tipo de homem que se engana
Que não se entrega nem ao amor nem ao samba
Que não se entrega ao amor nem ao ....

Eu acabo por fazer suas vaidades
Te amando entre inverdades
Procurando oportunidade
de mostrar esse samba que é seu

O mesmo tanto que você é meu
Mesmo tanto que eu sou seu ...