sexta-feira, 29 de abril de 2011

Dissertando a Fatalidade ou o Destino

Te deixo ir, passar
como vento vai.

agora mesmo entre meus cabelos, minhas blusas de frio e as páginas deste caderno.

já não importa
não importa sequer o que fica no seu lugar

O quanto a vida saber ser par
sabe ser ímpar

Todo amor que se tem para dar.
Tem-se pra tirar

Tudo que é verdade pode sim ser verdade
mas foi mentira.

E pra quem diz que o mundo gira
quando a sorte me deu as costas
ele estava ainda a girar

Se a sorte vira como desvira
Que venha qualquer coisa nesta vida

O destino é azar.
É uma loteria
que nos seduz a esperança

O amor é a música
onde dança a dúvida
onde toca a vontade
onde pulsa o medo
e soa a vida

é por essa canção...

não tem saída, ouvidos não são como olhos,
não se pode fechar

Todos vão ouvir
e vão cantar

e ora silenciar, pra sentir ou deixar
saudade.

Te deixo ir, e sei que não preciso dizer
para não se preocupar.




quinta-feira, 21 de abril de 2011

16 anos! é agora!

( em resposta ao orgulho 17!)

16 anos! é agora!

Quantos amores você pode encontrar
Sujeitando se a uma noite em São Paulo

E quantas lembranças pra se envergonhar
E quantos hematomas pra colecionar

E rir

Afinal é sempre domingo depois dos sabados

Eu, meus amigos e meus 16 anos! é agora!
em qualquer residencia que virou bar.

Sobradinhos dos arredores da Augusta e da Paulista,
com música antiga e atendentes esquisitas

Gente que gosta de sofrer e de alguém pra conversar

Quantos encontros pra chamar de destino.
Quantas coincidencias para se sujeitar!

Sua banda favorita é beatles?
Nem acredito!

YEAH YEAH YEAH

Com 16 anos Qualquer dois copos de vodka é o grau
Qualquer barba de até 30 anos tá com tudo em cima

Amor se mede em quilometros por hora
Dentro do carro, engolindo o medo,
sentimentos contra o vento
A caminho de onde? Qualquer lugar é lugar!

Juvenil sim! Meus 16 anos! Também tenho que ler
Também tenho que estudar! Pra depois ter o que falar!
Conseguir conversar! Que mocinha esperta!

Logo mais vestibular!

16 anos! é agora!
Nos meus cabelos, mais de uma cor, e o coração
já partido, figado e pulmão? nem te ligo!

Quantos amores posso perder.
Quantas rugas posso ganhar!
Quantas pessoas vou conhecer!
Quantas vão me enganar!

16 anos! é agora!

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Como eu quero

A aula de matemática acabou na palavra adimencional
A voz que continuou foi tenue sob meus pensamentos...

Quem se não nós?

Melhor de novo! Ah a segunda vez!
Quem não sabe, que é melhor beijo que saudade?

Aproveita o destino
chama de metafísico, ou se quiser de coincidência.

Pense sobre as nossas afinidades
ou naqueles beijos em meio a cidade

em meio a madrugada. em nada.
nossa simpatia inesperada, baseada na atração física e nas projeções pessoais

pode ser o que quiser
mas se for como eu quero...
Gosto da minha letra feia.
Gosto até mesmo quando ela escreve minhas feridas abertas.

Quando escreve alegres e incertas linhas,
as dúvidas que me torturam.
Ou apenas o dia dia.

Não queria outra, esta faz jus a minha pressa.

Minha letra depressa, escreve minha vida.

minhas vertentes paralelas e perpendiculares.. linhas

... que Deus o que!

Vocativo do desespero racional moderno:

Doutor

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Não quero perder o Torpe


Nem definir o Austero.

Me sinto jovem,
Me sinto torpe,
E tudo que eu vejo,
No dia em que eu for Austero.
Será nostalgia.

Torpe ou Austero?

P o e s i a !
Tenho medo da minha coleção de lembranças
Tenho medo das minhas vontades
Tenho medo da falta de vontade.

Sem um pedaço

Sem violão.
Tenho apenas o estribilho
Que fiz para um romance efemero e ímpar

O estribilho:
Que não espera cantar-se a capella
Que espera apaixonar-se nas entre linhas
Pautadas ou não, Melódicas ou não, Harmônicas ou não.
E o resto da música pode falar sobre saudade ou perdão.
Qualquer coisa que soe como inicio para meu meio
e em seguida conclusão

Aquele meu estribilho,
Que é toda nossa poesia
Sem rima rica e sem prosódia
Consonante ao nosso quase amor
De tortas vias, que acabou antes mesmo que eu pudesse
terminar a canção.

Que até agora é só refrão.

De pé quebrado
verso branco

De só melodia
sem arranjo

Aflita porém, suave porém, canção para alguém.
Que não sei se amei de tão pouco que deixei.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Antes que antes

Estamos Anos, kilometros, letras, instantes e fios de cobre distantes

Fios de cobre que cobrem o céu antes dos meus olhos poderem ver a lua, as estrelas..., um lugar pra eu e você. Fios de cobre suspensos sobre o trajeto, no mesmo ar onde estão suspensos estão as tantas palavras e pensamentos que não dou conta de escrever

acompanham -me nesta viagem, de são paulo até santos dos lugares que eu não fui até os sonhos que não vivi do amor que não deu até a dor que eu senti, de quando me conheceu até o dia que eu percebi, que de perto não se conhece ninguém... E ainda mais agora que estamos, anos, kilometros, letras, instantes, fios de cobre distantes

Carta em agradecimento à um destinatário distraído

Durante aquela estranha lição

Poderia ter suspeitado apenas pela maneira que você costuma debochar de Camoes.
Ou por nunca ter te visto chorar. ( acredito que ninguém nunca viu)

Você que não me evita os olhos...
O quanto isso está ao meu favor?

Durante aquela estranha lição
Que falava sobre o mundo desconcertado
O desconcerto ficou de lado
Em um concerto maravilha
de gaze e sutura e perdão
no meu peito e em minhas mãos
tanto que agora consigo escrever!

sem dor!

sábado, 2 de abril de 2011

Carta para uma amiga em comum

São Paulo, 3 de Abril de 2010

Amiga

Eu já estive na mesma cama que você esta.
e também pensei que não fosse mais levantar,
mas isso acontece com todos os que amam.
porque sempre existirá alguém que não sabe amar.

Se você abrir esta porta talvez as coisas melhorem,
você sabe como é bonita, e todos que te veem o sabem também.
Mas eu sei como é difícil com tantas lágrimas nos olhos, conseguir enxergar além.

Não pense que faria diferente, não pense que foi à toa.
Por mais que tenha sido, você não quer que isso doa
Não adianta você nunca vai esquecer o amor de uma pessoa,
Se não pode mais sofrer, pense no que te magoou e perdoa.

Se ressoam as lembranças é porque foram boas.
E é por isso que elas nos fazem sofrer.
Não pense mais no que poderia ter feito.
Não pense que há algo que deveria fazer.

Como se ele estive diretamente ligado, a suas palavras e objetos
Que antes inanimados, agora doem como inferno
Parece juvenil mas os jogue fora, de nada servem, só pra te fazer chorar
Mas tenha consciência de que não pode fugir, não discuta com o tempo,
Ele não vai mudar

Amiga

não pense que foi enganada, pense que é real fazer o que se sente
Não pense que tem alguém melhor que você, porque de verdade sempre terá
Não pense que nunca vai encontrar alguém pra te amar, você pode não encontrar mesmo.

Eu não tenho propriedade, também não tenho coragem de dizer - te que assim será melhor
Eu não tenho vontade de mentir pra te fazer sorrir
Queria mesmo que as coisas não corressem assim.

Tenho certeza que isso será melhor pra você
Logo você percebera que deu moral a um babaca
Mas você pode procurar uma pessoa feliz, eu só posso te dar amizade
Queria mesmo que as coisas não corressem assim.
só tenho conselhos de quem sofreu por amor e por fim.