As vezes é um tanto cansativo
Que tudo seja uma questão de perspectiva
Mas não tem outra alternativa
Assim é se lhe parece
É de pontos de vista que é feita a vida
E engana-se quem pensa
Engana-se quem pensa...
quinta-feira, 31 de julho de 2014
segunda-feira, 28 de julho de 2014
Eu vou fazer vudu
Vou chamar o saravá
Pra te mandar pra lá
Vou chamar o capiroto
Pra te levar pro esgoto
Eu vou chamar o cão
pra te levar pro caixão.
Vou fazer muamba
Mandar fazer mandinga
Vou sacrificar uma galinha
Pra te ver só no osso
Vou te causar desgosto
Vou te botar na boca do sapo
Vou acender uma vela preta
Pra jamais tu comer buceta
Vou acender vela amarela
Pra tu pegar uma salmonela
Acender vela roxa,
pra te dá caibra na coxa
e uma vermelha,
pra tu ter comichão na orelha.
Eu vou te sabotar
eu vou te maldizer
Vou furar teu pneu
vou riscar os teus CDS
Eu vou fazer vudu
vou fazer mandinga
Pra tu pegar lombriga
do olho do cu até a barriga
Pra você cagar mole
feito pure de cocô
Pra você ter dor de barriga
no meio do metrô
Pra te mandar pra lá
Vou chamar o capiroto
Pra te levar pro esgoto
Eu vou chamar o cão
pra te levar pro caixão.
Vou fazer muamba
Mandar fazer mandinga
Vou sacrificar uma galinha
Pra te ver só no osso
Vou te causar desgosto
Vou te botar na boca do sapo
Vou acender uma vela preta
Pra jamais tu comer buceta
Vou acender vela amarela
Pra tu pegar uma salmonela
Acender vela roxa,
pra te dá caibra na coxa
e uma vermelha,
pra tu ter comichão na orelha.
Eu vou te sabotar
eu vou te maldizer
Vou furar teu pneu
vou riscar os teus CDS
Eu vou fazer vudu
vou fazer mandinga
Pra tu pegar lombriga
do olho do cu até a barriga
Pra você cagar mole
feito pure de cocô
Pra você ter dor de barriga
no meio do metrô
domingo, 27 de julho de 2014
escuta
escuta, os tamancos das putas
da sua rua, riscando o asfalto
de salto alto de decímetros
em dez graus centígrados
escrevendo epílogos
de fuligem e poeira
cheirando carreira
tomando besteira
sonhando muito
pensando alto, falando tanto
dando amor, generosa
a carne cor de rosa
goza prosa, até amanhã
da sua rua, riscando o asfalto
de salto alto de decímetros
em dez graus centígrados
escrevendo epílogos
de fuligem e poeira
cheirando carreira
tomando besteira
sonhando muito
pensando alto, falando tanto
dando amor, generosa
a carne cor de rosa
goza prosa, até amanhã
sexta-feira, 25 de julho de 2014
O que vai ser:
O que vai ser, será o meu coração estúpido querendo pular da boca e se rastejar aos teus pés enquanto minhas pupilas se dilatam como se eu estivesse cheirando cola -não- como se eu tivesse acabado de respirar o último segundo de uma primavera maravilhosa, flores flores flores mortas em um cemitério como se uma galinha preta fugida de uma macumba macabra metesse o bico no meu peito rasgasse minha pele e ciscasse meu coração lentamente e comesse ele inteiro visceralmente, ali, na reta na rua na porta no portão ali porra, onde eu costumo te encontrar de segunda feira nos últimos anos. Vai ser assim quando eu te ver e virar o rosto e você me olhar para me sacanear, para me torturar, porque você sabe que você que foi embora você que quis ir embora e acha que eu não tenho direito de ficar puta -não- de ficar revoltada -não- triste magoada sofrendo sentindo sua falta intensamente profundamente e de uma jeito bastante miserável assim com esse sentimento no peito de ressentimento, muito bem, parabéns, 10 pontos para sua vaidade imbecil, agora não procura mais os meus olhos e vira essa sua cara pra lá, enfia ela dentro do buraco do seu violão de merda e não tira nunca mais. Isso bom, muito bem, ótimo. Vai ser ótimo, eu estou linda -não- eu estou horrível é verdade eu engordei, meus amigos fingem que eu não engordei, meus amigos te odeiam, meus amigos percebem que eu perdi o assunto, que eu fiquei muda, que eu não consigo continuar dizendo algo que faça sentido. E a gente anda as pessoas falam muito e meu coração descompassa, é isso mais devagar, eu vou voltar pra casa e vomitar poeminha cu no meu bloguinho cu procurar um site mais sentimental masturbação SMS comer deitar pensar que tudo poderia estar muito diferente muito diferente, vai ser assim, assim que vai ser quando a gente se ver.
segunda-feira, 21 de julho de 2014
Ana Karenina e o fantasma da convivência.
Em um reencontro com o livro dos meus 15 anos, constato:
de fato, eu não sabia nada sobre a vida.
20 anos azuis
Eu tenho quase vinte anos
Eu tenho mais de mil respostas sem perguntas
Estou pensando no que passou em azul
Eu tenho quase vinte mundos
O sangue corre pelos fundos
Eu sinto prazer lendo jornal
Eu não enxergo
Eu enxergo muito mal.
sábado, 19 de julho de 2014
Estrelinhas, pisca-pisca e gelatina
Como se tudo não fosse ficar
sem graça
Como se o papai noel
existisse
Como se tivesse luzes pisca
pisca na praça
Pra a gente dançar nas
entrelinhas
Contando estrelinhas, amando
a lua cheia
Minguante, nova e crescente,
Sorrindo com os dentes.
Eu queria ser feita de certezas
Mas como na infância comi
muita gelatina.
Acho que fiquei feita de pequenos sonhos de menina
Estrelinhas, pisca-pisca e gelatina,
no meu sonho nunca se fecha a cortina
Lua cheia, seus pés sem meia, a noite inteira fazendo carinho
As entrelinhas, o que eu não disse, o que a gente sente
sorrir com os dentes, papai noel, a lua crescente
Dançar na praça, na pracinha, corre, corre.
Corre minha gente!
Estrelinhas, pisca-pisca e gelatina,
no meu sonho nunca se fecha a cortina
Lua cheia, seus pés sem meia, a noite inteira fazendo carinho
As entrelinhas, o que eu não disse, o que a gente sente
sorrir com os dentes, papai noel, a lua crescente
Dançar na praça, na pracinha, corre, corre.
Corre minha gente!
quarta-feira, 16 de julho de 2014
antes de se despir II
invade a sala
com as patas
em marcha
vulnerável
à morte
miserável
implacável
resiste
arrasta
se vira, revira
"Por que você quer viver?" eu grito
seu corpo estático
observo, em um movimento agudo
o último.
com as patas
em marcha
vulnerável
à morte
miserável
implacável
resiste
arrasta
se vira, revira
"Por que você quer viver?" eu grito
seu corpo estático
observo, em um movimento agudo
o último.
depois de se despir.
um corpo flácido
lixo tóxico
permanece estático
no piso gélido
na noite tímida
desgosto e náusea
da partida asmática
lúgubre
apática
as marcas
30 cm
Os animais tentam sobreviver.
O que deu de errado no meu processo de existir no mundo?
Eu quero gritar com essa barata:
pare de insistir, pare de
insistir
você vai morrer.
A casa fede,
ela andou 30cm com as costas cheias de
inseticida,
grande bosta,
agora esta ali caída,
Seu corpo, nojento e morto
doí em mim como sua vingança
doí em mim como sua vingança
sexta-feira, 11 de julho de 2014
nem a ovelha, nem o burrinho ( Limerick V)
no natal de quando eu era criança tinha um presépio
na porta de entrada do meu prédio
eu adorava trocar Jesus pela vaca na manjedoura
não era pecado a travessura, pois na Índia a vaca é sagrada criatura
sendo assim eu ria tranquila, de Jesus de louça no chão do presépio.
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