quinta-feira, 28 de julho de 2011

1/4 Azul

Decidi parafrasear o poema de desgosto
Amanhã é de novo agosto

Não é nada prosopopeia, nada contra o azul
sobreposto sobre meus versos

Mesmo porque você já os tinha deposto
e em seu posto algum tipo suposto de solidão
assistida com pena, cenas pra quem já cansou de ver de novo

Se afogue agora neste proposto indigesto azul,
tão fundo quanto está o poema em que insisto
tão longe que não mais avisto, tão longe pra se lembrar

Eis a Paráfrase:

quarto azul


já era sem certeza que eu entrava pela porta da direita
a frente, você interviu
já não era o mesmo

o casaco estava roto, com o sorriso desbotado
derrotado, ao lado de um troféu sem glória
e dos livros que nunca leu

tão gastos como sua pele
com poros de idade

eu te perdi a tempo, você se perdeu para o tempo
"eu não estou na pior", não é o que parece...

sufocado em bagunça, gasto, e preguiça..
e alguma poesia tentando respirar..

posso lembrar de como era o verso se fecho os olhos
mas ouço sua respiração
ou sinto algum tipo de metabolismo seu que me traz uma ânsia biológica
sua presença, asco, náusea...

acabou com este lugar...

"faz do nosso amor e desse quarto branco minha boa lembrança"
faz deste lugar a prova real de que passa...

o amor passa um pouco depois que as manhas
e eu choro depois durmo e não doí mais

passa o rosto passa a sombra
completos um do outro
sem precisar de ninguém mais..

aquilo que eu te dei, você já não tem mais
posso ter me perdido, mas está tudo aqui,
das pontas dos meus dedos para onde eu puder alcançar
do meu coração, que hoje é mais forte do que medo, para onde eu puder sentir

Como é bom estar de volta
Como é bom saber de mim!




domingo, 24 de julho de 2011

Narrativa sobre uma negativa irrelevante

Inexorável, fatídico e determinado, também risonho de sua forma acanhada...
Imparcial em seus lábios a resposta absorta, (o mesmo tanto que minhas intensões), paradoxalmente fez adimensionais meus olhos, sobressaltarem... Susto, surpresa...
Apesar da pouca austeridade da minha questão ardeu o tapa, doeu o não.
Inacessível a razão e a continuação dos fatos meu rosto se fez bravo. O que não importava tornou-se fastidioso.
Inessencial, desimportante, eu até poderia continuar aquela conversa... Porém mantenho cuidado com o tempo, fui embora.
Estou ainda pensando nisto agora, mas ficam para estas letras apenas.. fica só pra esta narrativa meu constrangimento, minha fuga compelida, minha saída francesa, de um assunto de mesa, desvirtuoso sem glória, sem mérito e desostentado, todo negativas!...


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Inexorável, fatídico e determinado,
também risonho, de sua forma acanhada...

Imparcial em seus lábios
a resposta, absorta, o mesmo tanto
que minhas intensões, paradoxalmente fizeram
adimensionais meus olhos, sobressaltarem...
susto, surpresa...
apesar da pouca austeridade
da minha questão ardeu o tapa, doeu o não.

Inacessível a razão e a continuação dos fatos
meu rosto se fez bravo.
o que não importava tornou-se fastidioso.

Inessencial, desimportante, eu até poderia continuar aquela conversa...
porém mantenho cuidado com o tempo, meu tempo.
posso estar pensando nisto agora, mas ficam para estas letras apenas..
fica só pra esta narrativa meu constrangimento, minha fuga compelida
minha saída francesa, de um assunto de mesa,
desvirtuoso sem glória, sem mérito e desostentado, todo negativas!...


sexta-feira, 8 de julho de 2011

o sim

Sei que há sim
em algum lugar de você
do mesmo jeito que há em mim

assim, sei que breve
porque é latente
o que não se deve ser ... logo será

sim

há o que não deve-se?
deve ser sim...
Ah! o sim!
Ah! o que não deve ser!

e a gente
se vende por quem fizer mais da gente

a gente...
... se conhece bem,


Eu me vendo por um verso,
você se vende pra conquistar alguém,

não é tão ruim porque eu gosto
.. eu escrevo este poema inclusive, somente por que gosto,
de te fazer se sentir bem!