segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

meus amigos me dizem para escrever sobre o azul


agora escrevo sobre uma suposta página.
não menos real porque virtual
mas evidentemente, não é como escrever sobre o azul

meus amigos me dizem para escrever sobre o azul

ah uma folha de papel, de linhas intermitentes!

ou aquilo era alegria?

se eu sentisse em um lápis pulsarem versos métricos como já um dia senti...

ou aquilo era o amor?


Narrativa sobre uma negativa não relevante

Inexorável, fatídico e determinado,
também risonho, de sua forma acanhada...

Imparcial em seus lábios
a resposta, absorta, o mesmo tanto
que minhas intensões, paradoxalmente fizeram
adimensionais meus olhos, sobressaltarem...
susto, surpresa...
apesar da pouca austeridade
da minha questão ardeu o tapa, doeu o não.

Inacessível a razão e a continuação dos fatos
meu rosto se fez bravo.
o que não importava tornou-se fastidioso.

Inessencial, desimportante, eu até poderia continuar aquela conversa...
porém mantenho cuidado com o tempo, meu tempo.
posso estar pensando nisto agora, mas ficam para estas letras apenas..
fica só pra esta narrativa meu constrangimento, minha fuga compelida
minha saída francesa, de um assunto de mesa,
desvirtuoso sem glória, sem mérito e desostentado, todo negativas!...


















sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Semideia

O que passa, se passa, sozinho,
e eu passiva permaneço triste
temendo que o tempo passe,
temendo que o tempo fique

O afeto deixou demasiada presença,
antes alegre agora angustia, por razão análoga

Tanta palavra bem soaria
nada, nunca, nomes e pronomes
que muito combinariam com poesia
e eu insisto no que é idéia, no que poderia

Assumo como semideia
Assim também como assumo Camões.


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

(Ênfase)

Agora restão os dias depois dos amores de muitos copos,
E pensar em como todos eles (amores e copos),
Começam a fluir melhor depois dos primeiros,
E como particularmente
os homens conseguem se mostrar piores que você.
Muito infelizmente.


Copos depois de amores
Amores depois de copos
Copos depois de copos
Amores depois de amores....

Carta para você destinatario..

Quinze de Janeiro de dois mil e Onze

Querido, (te imagino dividido, um tanto hesitando e um tanto êxito!) Seria querido vocativo para você?
Por que se pergunta se já assumiu vaidoso que é? .. Realmente não sei o quanto você se importa, só não me diga que esta lendo esta carta somente porque se importa!

.

Sinto saudade de um tempo que eu ainda tinha saudade, mas tinha a certeza de te encontrar.
As lembranças físicas doem muito mais sozinhas, doem muito mais que pensar, todo carinho se trouxe num tapa, que até agora arde na minha face, rubra, só de sentir.
Nessas lembranças tão aqui quanto eu mesma, quanto toda a certeza, contestada pelos meus cinco sentidos e pela minha dor.
Exclusivamente humana do sexo feminino.

.

Agora restão os dias depois dos amores de muitos copos, e pensar em como todos eles (amores e copos) começam a fluir melhor depois dos primeiros, e como particularmente os homens conseguem se mostrar piores que você, muito infelizmente.
Mesmo tendo admitido isso fico feliz por não restar vontade nenhuma sequer de te dizer qualquer algo mais romântico nesta carta, que aqui termina. Ah!, pode ir a merda também.


15-01-2011

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Amanheceu um sorriso que me abriu o dia

Amanheceu um sorriso "que me abriu o dia"
Vivi com amigos, encontrar a vida
Comemoramos com bebidas e brindamos Alegria
Como é bom viver feliz, como é bom ser bem.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

"é melhor partir lembrando.. que ver tudo piorar..."

"O caminho do metrô a casa dela era bem conhecido, fui andando sem nem lembrar de ter medo das praças escuras, pensando no nome das ruas sem nem saber para quem dirá recordar quem foram os homenageados com ruas tão emergentes do bairro do tatuapé."

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

farinha no céu

eu não sei ver
eu não sei aceitar
as coisa não são
simplesmente porque não estão
como deveriam estar

eu não sei dizer
se ainda consigo acreditar
que você um dia viu
nosso amor em um céu de estrelas
impossíveis de contar

eu não sei fazer valer
conselhos que insistem em me dar
nunca penso em te esquecer
tens em mim o seu lugar
insisto incrédula em duvidar

impotente, indigna , incerta...
um coração sem dono e sem valor
insípida, ímpar e indiscreta
de amor, só tenho a rima.
apenas comigo minhas palavras
estas por toda minha vida