orquestrar meus astros
me tornar mestra
da arte do meu fim
deixar o tempo penetrar
inspirar saudades
expirar paciência
sem peso nem medo da existência
respirar o ar, resistência
é viver e morrer
paradoxo torpe e sombrio
banal e austero
instinto, insisto, existo
penso, logo espero
a planície é o meu sol
a montanha mágica é a minha lua
não fico, sem nenhuma das duas
noite clara, refratária atenção
as estrelas se multiplicam
diante da minha teimosia