sábado, 5 de dezembro de 2009

Amor de mar

Para onde que vai o balanço do mar?

Parece que empurra a gente pra frente
Mais se deixar puxa a gente pra trás!

Pra onde que sopra o vento na praia?

Se ele é quem empurra a onda pra frente
Como ele puxa o barco pra trás?

Aonde seus beijos podem me levar?
Aonde da sua casa eu posso me deitar?

O lugar onde vamos...
Estamos longe de chegar?

Quando ir pra frente é voltar pra trás
como se escreve presente?

Só não escreve na areia pra onda não levar!
Magina deixar ela ficar sassaricando com nosso amor?

Pra frente pra tras
Pra frente pra tras

Mistura as pedras pequenas de areia
molda outras letras outras e outras

a gente não sabe onde vai

sabe que ja foi pra frente sabe que ja foi pra tras
sabe do amor que o mar ensina pra gente

sabe que todo amor pode levar

pra frente pra trás pra frente pra tras

a gente sabe que nada fica escrito,
que passa onda sempre sobre os grãos da areia

cansa
para manter escrito o amor que ensina o mar
tudo para passar por desaveças

qual a graça de ir sem voltar?

Thais

Escrevendo bem não sei o que
Em um papel retalhado
Começo a contar da minha vida
Para alguém que não vejo faz tempo
É difícil fazer fazer sentido
Por que a gente não se a muito tempo
Somos as mesmas pessoas
no fundo nossa vida não mudou muito
Difícil é contextualizar
Agora, só não me venha falar de amizade por msn
Isso é ilusão!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

sólido e serio
como um busto de alguem
Achando que
ouvir fazia-o humilde




terça-feira, 1 de dezembro de 2009

pantomima

nossa vida dos outros
não é uma boa copia
eu não sou quem espera
loja de discos não é novela

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

sem defeitos

acontece com frequencia
de me forçar a acreditar
que eu só te amo tanto
porque nao esta aqui

embora no intimo eu saiba
mais do que eu gostaria
que isso não é verdade

domingo, 22 de novembro de 2009

Cavalos e gente sem talento

A carroça do tudo pela estrada do nada ou
A carroça do nada pela estrada do tudo????

É algo proximo a dor

É algo proximo a dor
Um sentimento triste
Não é saudade que bate
É uma saudade que insiste

Pode até ser engano, mas parece certeza
Pode ser que amanha passe, ou que amanha eu perceba
Você não tem saudade? você não tem clareza?
Se encomoda com minha vontade? e com a minha franqueza?

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Hoje vai chover

-Tem horas?
-5mim pras 2.30
Ficou claro que começaria a aula as duas e meia, isso tornava a resposta dele menos errada. Seria mais funcional, se eu estivesse esperando a aula, mas não estava, ele estava, eu só estava passando, e de verdade, não tinha hora certa pra chegar em lugar errado, nem hora errada pra chegar em lugar certo, nem vice-versa intermitente.
Não era tão atoa, eu queria saber as horas porque disseram que choveria atarde, o ceu estava claro ainda... e não era tão cedo da tarde.
Não importa porque no final choveu mesmo.
Eu não sabia onde comprar pilhas, nunca compro, parei numa tenda. camelô já quase todo desmontado, o dono da tenda colocava as mercadorias numa Combi
-Tem pilha?
Ele parou, olhou pra mim e eu tive certeza que ele não pensava em absolutamente nada, nada mesmo
-AA? - eu insisti
Ele tornou a guardar as coisas e disse:
-Já guardei, não dá pra pegar...
-Em outro lugar vai ser caro... - eu insisti
-Vê na quitanda
Agora ele ja dobrava a lona, quando eu estava já partindo, dois passos, quase no terceiro ele fala meio alto, como que me chamando e ao mesmo tempo fingindo que não ligava pra mim:
-Sabe... - Continuou menos exaltado quando viu que me aproximei e que olhava para ele - hoje vai chover, chover muito.
Olhei pro alto e achei bonito, vi um ceu muito azul, perfeitamente azul, folhas de uma arvore mijada um fio com um passaro e a aba do guarda sol da barraca do homem da cocada
'O azul mais azul que existe, mais belo e mais triste'
-Parece que o céu esta limpo menina, mas hoje vai chover muito mesmo.
Não respondi, sorri automaticamente embora estivesse com raiva, por ele não pegar a pilha e por estar certo afinal, logo choveria.
Andei até a quitanda, um puta ceu azul, sem uma nuvem, sem sol, eu andando embaixo de um azul homogenio, passou um passaro, mentira, não passo nada. não vi passaro nenhum nesse dia, tudo mentira.
Entrei na quitanda
-Tem pilha?
-Tem
-Quanto tá?
-AA?
-Aham
-Aham?
Aham, AA
- Três Reais o Pacote.
-Eu quero Quatro
-Vem quatro
Pilha de marca boa, imaginei que seriam bem mais caras, depois das pilhas recarregaveis...
A menina da loja era parecida comigo, porem mais gorda e nariguda, usava roupas parecidas com as minhas... Devia ter a minha idade.
Ela usava sutiã branco, eu nunca uso branco..
Paguei andei pela loja procurando nada especial, esperando o troco.
Não gostei que ela separava o troco certinho, eu ainda estava vendo se queria algo, ela fez isso porque sabia que naquela loja, só tinha lixo. e ninguem nunca queria mais nada, nada que ficasse para traz do balcão, no balcão, pilhas superbonder, cigarros, guloseimas, o de sempre...
Saiu do fundo da loja uma senhora, mussulmana que colocava os produtos que ficavam na calsada da loja para dentro, uma caixa de ferro grando com vassouras e afins
-Vai chover muito, muito mesmo
Eu ja sabia, e ela estava certa, eu poderia concordar e estar certa também, dispensei, não queria chuva, nem anunciar a mesma... E nem estar certa.
Voltando pra casa vi a Combi estacionada e o dono da tenda dentro do bar, falando sobre a chuva com outros.
Todos querendo se mostrar impotentes aos estragos comuns da chuva, porém adorando portar uma verdade. Tomara que moram todos alagados com até o miolo do rabo de água
E de inutil verdade.
Nossa que patifaria, apesar de que foi um desejo real, momentaneo e mal fundamentado, mas real.
No Posto de gasolina, uma loira amarrava um saco de bolas para criança que ficava pendurado.
Atravessei a avenida, subi a rua de casa entrei e subi, no elevador ouvia o barulho dos primeiros pingos, da varanda da minha casa sentia o cheiro, eu ia colocar as pilhas, porém decidi antes me render, fui a varanda verificar a gravidade da chuva, poderia ser balela do sistema, não estava crente do diluvio, não queria montar a arca de noé.
Olhei para baixo primeiro, estava chovendo muito, e olhei para frente, reparei que nunca reparei como seria o crepusculo em dia de chuva, o ceu esta sempre preto... Porém hoje não, olhei para cima, não consegui olhar muito, via pontos brilhantes continuos caindo do quadrado azul, reparei que nunca reparei que o enquadramento da minha visão não era quadrado e sim era quadrado o buraco da janela varanda, a chuva parecia uma chuva de estrelas cadentes cor de prata durante o dia em um ceu azul assim, achei que não precisava de tanto cuidado, era uma chuva, normal, não tanto como dias de sol, porém as chuvas serão cada vez mais anormais... Se a agua estiver mesmo acabando.

No meu quarto colocava as pilhas no gravador quando voltei, puxada como imã à varanda, que coisa estranha
a tampa do bueiro voava em cima de um jato forte de agua que não parava de cuspir, impulsionado como um chafariz agua subterrânea a tampa para o ar.
Mas para mim não era o diluvio, não foi o diluvio e não seria. Mesmo porque eu moro no decimo primeiro andar...
Minha empregada foi até a porta do quarto e disse:
NÃÃÃO
Não merece nem um paragrafo com travessão, ela disse algo do tipo que as pessoas ficariam sem casa por conta das enchentes
"Se tem a verdade guarde-a, fora isso sou doido, com todo direito a se-lo"
Eles acham que eu não sei? Ou esperam algum tipo de solidariedade da minha alma? Ou é automático?
Olhei para ela e limitei-me a balançar a cabeça e encolher o beiço em uma expressão falsa de impotência e desaprovação, como se a culpa da chuva fosse o mensalão e de quem votou no Gilberto Kassab
ou de qualquer outra coisa que não seja eu ou ela.
Voltei ao gravador e comecei a gravar:
-Tem horas?
-5mim pras 2.30

E acabou, e esta chovendo bem que a Ana Paula Padrão avisou, tiremos as roupas do varal,
Eu vou, são quase cinco horas e eu quero ver, como é o por do sol, em dia de chuva

depois eu escrevo um poema

sábado, 3 de outubro de 2009

Cansada

meu seio é grande
tão quanto pesado

meu choro fraco
é transparente e salgado

meu seio esta cheio
preciso esvazia-lo
foi assim que
meu amor por você foi
como água pelo ralo

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Entre os Moradores da Cidade



Tijolo, Pedra e Cimenticola

Lajotas, Areia e Argamassa

Muro, Ponte, Corrimão

Parede, Paredão e Vidraça

Espelho, Batom e Mulheres Arrumadas

Aperto de mão, Contramão, Palmas e Mão Suada

Mão Molhada, Mão na Mão, Mão estendida na Calçada

Menina com a cabeça encostada na vitrine

Vê suas vontades se traduzindo em objetos de desejo

Bonecas, bebes e crianças.

Crescidinhas Moças, Homens e Rapazes.

Mulheres de meia e mulheres que mentem idade

Sonham, Projetam e Atravessam.

Percorrem no Cenário da Cidade

‘Aviões, caminhões ou chapadões que nada tem com meu nariz’.

Anúncios, fumaça e quilos e quilos de argamassa

E descobrimos cada dia mais pragas

Baratas, Ácaros e Formigas por fora

Vermes e Lombrigas por dentro ratos.

E descobrimos cada dia mais

Artistas, Religiões e Partidos

Conquistando a platéia no Centro da cidade

Assim alcançando a periferia.

Ao meu redor o que há nas pessoas me contagia

Quando vejo já estou andando depressa

Tudo que eu vejo é movimento

Não parece que só o que é vivo movimento expressa

Ao meu redor pedras plantas e animais parecem ter vontade própria

Vejo todo o massificado personificado

Tudo que vejo é tão humano

Não parece que só o que é humano é animado

O desenho dos muros é de tinta de grafite e de cola e papel

O desenho das calçadas é a bandeira do estado com chiclete porco fura dente colado

E descobrimos cada vez mais

Mendigos na Rua

Em tamancos Putas

E descobrimos cada dia mais

Medo e Angustia

Remorso e Culpa

Descobrimos no que era vergonha beleza

No que era certo tristeza

Tudo é lindo detalhe na sua individualidade

Paixão nos detalhes e Olhares que se cruzam

Entre os moradores da cidade

“Gente é para brilhar e está morrendo de fome’’

“Ela é linda, mais não tem nome”

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

A verdadeira viagem de descoberta!

O som do ambiente me convida
E é impossivel não se apaixonar
Quando até os passaros te introduzem o dia


E ao meu redor o que ha nas pessoas me contagia

Aqui até quem arduo trabalha parece levar vida vadia
Aqui até o que nao fala, fala com meu coração

O que a nesse lugar que me lembra o paraiso?

Por que nesse lugar o branco de um sorriso
Toca de leve o coração de quem os recebe
E se ao ver o brilho do sol na agua não sorrir
É porque ainda esta perdido tentando acreditar

É impossivel evitar perder os olhos
Em cada pontinho estrelado mais branco que a luz
É de desconcertar as ideias desde o balanço das águas
ao sentido do vento que só leva e traz em mim a paz em troca

Entre todos os tripulantes deste barco
De vibrações e sentimentos que fazem me sentir no ponto de partida
Livre para renascemos a cada respiro


"A verdadeira viagem da descoberta consiste não em buscar novas paisagens, mas em ter olhos novos."
( Marcel Proust )

domingo, 19 de julho de 2009

Easy Morning!

Lua, por favor se esqueça de cair!
E eu cantei tantas vezes esse verso pra você
Em tantas noites em quanto eu me perdia, fingindo ser importante... a gente perdia o que importava no fingimento, (quanta perda de tempo!), na lembrança é tudo tão resumido, um abraço por uma noite inteira.
sintonia, (era poder) perceber tudo em você.
um livro aberto, e muito bom nas coisas que eu quero ser boa,

---------------------------------------------------------------------------------------

De uma noite inteira para uma vida inteira, os intervalos, eu preenchia com o mesmo verso
"hey moon, please forguet to fall down, hey moon dont you go down"

sexta-feira, 5 de junho de 2009

O mundo não é chato


eu preciso ver os teus sentimentos com mais compaixão.
e você precisa prestar atenção nos meus sentimentos

Constante fase de teste

Hoje eu me vejo com você e sozinha
Como a dias atraz sem saber se é pior
Olhar para você e ver que você esta
Ou olhar para você e ver que não esta

Te ver indo e me deixando
Te ver comigo e longe
Te ver de longe e sem mim
Te ver e sentir amor

Te ver me deixando aos poucos
Me esquecendo em atitudes
A gente morrendo e você indo

Você despreocupado enquanto eu enlouqueço
E você fingindo que se importa e se perdendo
E a gente perdendo o que importa no fingimento


sábado, 9 de maio de 2009

Eu odeio seu medo

e eu odeio o gosto de leite que esta na minha boca, será que se eu quiser sair da frente do pc pra ir no banheiro o medo dele vai fazer ele pensar que eu to indo embora e não vai me deixar sair?

algo me diz que eu preciso de cepacol para fazer as pazes com você

segunda-feira, 20 de abril de 2009

be or not to be

Eu tenho duvidas, é a incerteza do sim e do não que me fazem continuar, é a possibilidade, melhor que qualquer certeza.

Coisas diferentes

Agora eu acredito em agente porque agora tudo mudou agora existe um incentivo porque agora eu estou certa do que sou agora acredito em nossos planos nossos sonhos nossos pronomes possecivos no plural porque eu sei que o meu sonho e o teu sonho são o mesmo ideal :)

Completamente não habitual

Finalmente!
Eu voltei.

. tanto que agora as coisas estão diferentes....

domingo, 15 de março de 2009

Posso confiar em você?

 de posts atraz de que o certo era o natural do ser humano
e que se estava te fazendo mal havia algo errado?Definitivamente: sim não sim ou não???

sempre tem tudo para dar certo e tudo para dar errado

2 fase, chega de te culpar
agora? arrependimento!
quase inteira um arrependimento.

não é a primeira vez.

mediocre.
quero ser boa para agora. baaah... ser bonito, talvez seja,

não, não convenceu...

Insadisfação é uma bosta, principalmente quando se torna habitual.

quinta-feira, 5 de março de 2009

você.

Não se sinta importante, só penso em você no ócio e também porque penso em sentidos, mais que em sentimentos. Penso, melhor.. Penso melhor e me arrependo mil vezes por coisas irrelevantes que eu disse. (e isso também sobre coisas relevantes). Mas apesar disso, isso, acontece principalmente com coisas hoje irrelevantes mas que em um passado me constrangeram. ok?


E qual era a das bolhas? minhas ideias frágeis, redondas, e, e de sabão?

(que bobagem!)rá que eu sou chata?
achatada?


Percebo coisas comuns e ao mesmo tempo estranhas, momentaneamente estanhas, começo a achar que todo mundo sumiu de repente, quando elas sumiam a todo tempo .

não de forma preocupante..
só a rotina...

Habitual -1

É uma avenida, o farol fica vermelho, o pedestre aguarda o sinal verde, e um onibus a sua direita também, as pessoas que estão dentro do onibus, não todas, mais sempre alguem, uma evangelica ou alguem de bigode fica te olhando pedrestre.
Parece que dentro do onibus a pessoa se sentem protegida para te encarar, observar sei lá,
O farol Abre.
A pessoa te segue o olhar até te perder, ela some tão rapido que você se sente roubado.
Ai onibus vai embora e o pedestre chega até à pensar que tem algo sujo nele, algo sujo com ele, se sente importante de uma forma ruim.
Mas você não sabe o que ela pensava, não sabe se ela queria algo, você imagina que ela deve estar te comparando, ou ela te reconheceu, ou ela sabe de tudo.
Ela sabe de tudo
Você agradece pelo onibos ter te perdido, não sente medo não é pedestre? não é medo, é angustia, a cara da evangelica, o olho, o bigode crespo do trabalhador de boné sujo de ex. campanha eleitoral e boca de desaprovação não negam, eles sabem tudo sobre você .
Procura um retrovisor olha se tem algo de errado, se seus erros estão no seu rosto
sentesse normal, e anda os proximos quarteiroes olhando pros lados, procurando aquela evangelica.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

ocupando-me e resolvendo-me

menos ocupada minha cabeça arranja mais e mais besteiras
eu estou caindo

domingo, 1 de fevereiro de 2009

A vida continua até quando

Eu cansei de tentar acreditar em pensamentos positivos

Quando eu jurei que aquela lágrima seria a última eu tinha uma certeza, ela foi a ultima, ( foi minha ultima certeza também).

parece que isso esta me perseguindo e tem coisas horriveis acontecendo que me fazem sentir me cada vez pior.

desculpa eu não sou assim, não mesmo, eu não sou triste

(quem eu quero enganar? eu estou um trapo!)

Juraram pra mim que na vida tudo passa, acho que estou procurando sentimentos incabíveis.

a próxima postagem aguarda eu me sentir melhor.

Sentimentos simplesmente incabiveis

foi o que eles me disseram que eu procurava.


injusto!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Justificativa

Só por que eu andei falando com as fotos?
Sabe que, eu andei rimando saudade
Por que eu ja não sei quando você vem

E o seu esquecimento é só um detalhe
Perto da vontade que eu tenho de te ver

Pode vir com mil desculpas ou nenhuma
Porque tudo que eu tenho pra te dizer

É que eu acredito em você, eu acredito em você
eu acredito em você

Hadkal

Sorriso condiz
Ente, condiz valente
Mero aprendiz


Tão transparente
Fardo salgado
Lagrima sente


Ao nosso lado
Tinha culpa minha
choro deitado

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O mundo não é chato

Este é um novo inicio!