sábado, 1 de setembro de 2012




Despedida da Prosa - Treze de Maio, 188

Arrancaram a revolução das paredes, e para as paredes ficou a sombra, para as paredes, algumas letras, entre outras... Intermitente essência.
Sustentadas pela história e sobrevivendo a despedida, as paredes ainda sólidas, recebem um novo tempo em novas vidas. Sobre um velho ideal se escreveu um presente,  que não prometia glória nem mudança, que se encerraria no agora sem pensar em lembrança.

Despedida do Castelo de Papelão – Treze de Maio, 266

O arquiteto disse  não saber por quanto tempo a estrutura ( que era móvel sobre uma carroceria) ficaria no Bexiga, porém já adiantou que pretendia vender o imóvel o mais breve possível, aproveitando, é claro, o bom momento na cotação da sucata.
Também disse, que na verdade,  queria o vender logo porque teria problemas pra manter o castelo ali, porque o terreno não era dele e não sabia ao certo a quem pertencia.
E sobretudo, se não esvaziasse a carroça, de maneira breve, não poderia no dia seguinte pensar em outro castelo, não poderia pensar pensar em outros papeis, papelão e sucatas, logo não poderia pensar em pão, em água, ou cachaça.

Despedida da Cama -  Treze de Maio, 102

'Casa com novo conceito, internet rápida, cabines privativas, sigilo absoluto (onde se entra e fecha a porta)', -Entre tantos quartos de hotel, entre tantos braços, pernas e bocas, tem quem  prefira destinar, um tempo, um dinheiro, algum gozo e amor à um computador  de... - E nessa palavra interrompeu seu dizer.