quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Pronome oblíquo

não quer sentir-se exposto
descompreendo o nas palavras

tento somar os significados
que apreendo entre os desatinos

vou buscando proteger te
nos desejos mais puros do extinto

procuro o, caço no quarto escuro os olhos desnudos
durante o momento mais íntimo

pronome oblíquo dos meus segredos...
engulo o ciúmes e a vontade de dizer

pra dar espaço aos nossos caminhos
suprimo

algo te perturba no estado suspenso?
te conforta ou desconforta o silêncio?

repousa suave sobre o contra-senso
e vamos amando sem pensar

vejo-nos no espelho
fico curiosa para saber como éramos 

para saber se erramos
ou se levamos jeito 

no mais, caminho pisando em ovos
tentando expandir a fronteira com as pontas dos dedos

eu vou tentando barganhar seu limite 
com todo carisma dos meu sentimentos

eu vou com palavras doces
eu vou e guardo seu nome em segredo

um apelido ainda não encontrei
em todo caso, não responda nunca, meu amor

a qualquer um na rua, que lhe cruzar o destino,
e lhe chamar

pelo pronome oblíquo.



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