sexta-feira, 13 de maio de 2011

Popuri

Também queria um livro do Chico Buarque para ler, mas estava limitado a ler o nome das estações em branco no vermelho, e reler apenas o título do companheiro de viagem: Calabar, Marechal, Calabar, Republica, Calabar, Anhangabau... Até dormir e acordar na estação Tatuapé

O caminho do metrô até casa dela era bem conhecido, fui andando sem nem lembrar de ter medo das praças escuras, pensando no nome das ruas sem nem saber para quem dirá recordar quem foram os homenageados com ruas tão emergentes do bairro do tatuapé.

Acordou sabendo que podia não encontrar sua garota, entre medo, tristeza, dor nas costas e medo de morrer da doença que o fazia vomitar sangue estava a vontade de ir atras dela.

Eu só estava passando, e de verdade, não tinha hora certa pra chegar em lugar errado, nem hora errada pra chegar em lugar certo, nem vice-versa intermitente. A casa dela, a casa dela... Tenho que assumir um destino?

Encarava o endereço como uma desculpa pra si mesmo, por andar em vão, por sua vez isso poderia se justificar pois estava bêbado, mas só tinha bebido porque estava com saudade. Andava em vão, bêbado e com saudade porque não tinha conseguido fazer sexo com a outra loira, aquela, que preferiu voltar de taxi...

A hora chega, e o destino também, encarei a campainha, que soou como sinos que anunciam funeral, podia ver a sombra do seu corpo se movendo atras da cortina.

Imaginação, a sala da casa agora estava vazia, também estava sem paz, agora vazia também de cia ele e a sala pareciam não mais ser, apenas estar.

Sinto vir a tosse, me sinto vazio, agora também de hemacias e globulos brancos

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