Neste mundo que é tão vasto,
Constato: são dois os tipos de seres humanos:
Os sensatos e os românticos.
Há os que sonham como um filme,
E os que não percebem a diferença entre a vida e o sonho,
O sonho e a ficção
E a vida e a ficção.
Nesse mundo tão vasto,
Constato que: em cada ser humano há um buraco.
Mais profundo que o fundo do próprio mundo.
Alguns desses buracos estão cheios de medo,
Outros de amor e de sonho,
E outros de amanhã
Nesse mundo tão enorme
O que são os nomes dos homens e das mulheres
E quem são os homens e as mulheres antes dos nomes.
Nesse mundo tão medonho
O que nos resta senão o sonho?
E no despertar raso, o que nos resta senão os prazos?
Final e ocaso.
Nesse mundo tão chato, o que sobra senão dividir os
sujeitos,
E lhes dar nomes
E viciar lhes os olhos
E censurar lhes os olhos.
E sonhar e pensar e esperar. Sempre.
E se confundir bastante.
E não obstante ser acordado pelo instante seguinte
Derretendo na parede do quadro.
Diante da grandeza do mundo, e mais, do universo, constato:
-Os homens não existem no tempo.
-O mundo tem arestas
-As nuvens são feitas de sonho
-Meus olhos estão sempre procurando.
-Nunca parece que estou acordada.
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