segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Um poema para uma gincana valendo 3 curingas para uma colecionadora! :)



Eu gosto dos mascarados,
dos músicos, dos circenses, dos animais,
dos palhaços que olham de lado,
ou que olham de cima para os outros iguais.

Das cartas que não servem,
na maior parte dos jogos de baralho,
Que são descartadas ou as vezes pintadas,
para substituir outras cartas.

Das cartas que seguram cartas na mão,
ou instrumentos de profissão.
Que usam fantasia,
e sorriem com malícia.

Elas não fazem parte do baralho de paciência
Nem do poker, da canastra ou do montinho,
do truco, do porquinho ou da tranca.
Se perdidas não assaltam a lembrança

Das cartas que podem ser esquecidas,
Que são sempre as mais bonitas,
Que podem ser levadas, dadas,
Não sendo de ouro nem de espadas,

Que são, por mim,
as vezes roubadas,
para o próprio bem.

Eu ganhei três cartas marginais
Elas não fazem parte,
não jogam em naipes ou em grupos, são ilegais.
Ilegítimas e sem documento,
sem clube, horóscopo, time de futebol ou departamento.

Eu ganhei três cartas que tem a cor vermelha
E provavelmente o mesmo fabricante,
O mesmo verso, mas são extremamente individuais.
(Até os curingas que vem em pares, dificilmente são iguais).

Minhas cartas nunca estarão tristes,
no máximo ariscas ou de prontidão.
E quando fazem parte de algum jogo,
se dão bem em qualquer roda,
se misturam aos de Paus ou de Copas,

E continuam sendo quem são:
mascarados, músicos, circenses, animais,
palhaços que olham de lado,

Ou que olham de cima para os outros
em seus naipes, nos seus clubes, ou em seus grupos

de iguais.