terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Feliz Ano Novo IV

Este ano pensei que não conseguiria, e começo com isso pensando mesmo que não vou conseguir. Não tenho tido muita vontade de usar virgulas, de escrever os pingos dos is.  Não sei muito bem se ando com vontade de esquecer ou de perdoar, meu pai. Talvez esse ano você espere um poema no ano novo e ele não venha, talvez não se lembre. Eu lamento pelo o que nos separa, por ser tão difícil superar os pequenos orgulhos, mas mais do que isso superar as faltas, os excessos. Lembrar da nossa última viagem longa de carro é bom, eu ainda amo cantar a música do sabiá. Não sei se você se lembra, acho que eu queria que lembrasse... Feliz ano novo, acho que em dois mil e quinze meu coração estará mais pra sopa do que pra pedra, e isso pode ser uma boa oportunidade pra encontrar o que verdadeiramente importa. Desejo que você nesse novo ano não se sinta sozinho e faça caminhadas.

Encaminho uma fotografia da última viagem.

Duas mil e quinze mutucas,

Tico.




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